segunda-feira, 19 de março de 2012

ADOPÇÃO

Como leitora regular do jugular, acompanhei a discussão que se seguiu a este post. Lá entre o meio e o fim toda a gente parece ter caído num erro crasso e básico - e, já agora, alimentado por alguns. O que se discute, aquilo sobre o que se quer legislar, NÃO É sobre se ser homossexual deve ser um ponto a favor na altura de adoptar, mas sim sobre se deve ser um ponto contra. É sobre a estupidez de um homossexual solteiro poder adoptar, um heterossexual solteiro poder adoptar, um casal cujos membros são de sexo diferente poder adoptar mas um casa cujos membros são do mesmo sexo não poder. Não se trata aqui de as pessoas poderem adoptar porque são homossexuais, mas de poderem adoptar porque a isso estão dispostas, sem serem excluídas porque são homossexuais.
E vêm estatísticas sobre como os homossexuais são «naturalmente» promíscuos: se um casal hetero apresentar sinais de promiscuidade será que o tribunal os deixa adoptar porque, apesar de promíscuos, são heterossexuais?
Estas pessoas que escrevem estes chorrilhos de ódio acham mesmo que os homossexuais vão «passar à frente» nos processos de adopção?
E, já agora, as pessoas que enchem as caixas de comentários de palavreado insultuoso e homofóbico, porque se espantam quando alguém os trata por menos de «excelência»? Como é que acham que podem insultar, rotular os outros com «mimos» que vão de «esquerdalho» a «rabetagem» e outras delicodocices do género e se sentem depois muito insultadas porque alguém coloca a hipótese de um filho deles ser homossexual? O que é que se passa na cabeça destas pessoas?

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