sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Férias de Natal


Estou a festejar. Passei os últimos dias a cozinhar, a bordar e a coser para fazer as prendas de Natal. Hoje, amanhã e domingo é descanso! Feliz Natal ao pessoal!!!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mas anda tudo a dormir ou quê?


O que é que se passa connosco? Andamos a dormir? O nosso Governo (mas quem é que elegeu estes gajos?) prepara-se para nos fazer pagar o nosso próprio despedimento, os patrões estão prestes a descobrir que voltar à escravatura é que era, os nossos meninos ficaram inteligentíssimos e bem preparadérrimos de repente, diminuiram-nos os ordenados, aumentaram preços e impostos... não vale a pena continuar, pois não?
E a gente faz o quê? NADA. Está tudo quietinho, caladinho, com o rabinho entre as pernas e a orelhinha murcha. Cumpriu-se a profecia de O'Neill, chegámos finalmente a ratos. Squick!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Coisas do PISA



Eu, se fosse ao nosso Governo, não embandeirava em arco com a subida de Portugal nos resultados do PISA. Primeiro, porque não há políticas de educação que dêem resultados em tão pouco tempo. Segundo, porque continuamos mais perto do fim do que do topo. Terceiro, porque esperava para ver se estes melhores resultado se mantêm ou se são fogo-de-vista.
Já apliquei testes PISA em anos anteriores e vi o pouco cuidado no trabalho do ME. Como foram aplicados os de 2009 não falo, que não estive lá.
A parte de Sócrates a chamar «heróis» aos professores... vem tarde e a más horas. Já lhes chamou tudo o que de feio havia a chamar antes. Creio que a maioria deles - e por mim falo - nem se esquece nem perdoa...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ó minha senhora, eu já não entendo nada...!


Estou completamente às aranhas.
Depois de uma volta pela blogosfera, que de vez em quando faço na hora do almoço, fiquei completamente baralhada: depois de mais de um século de luta pelos direitos laborais, agora vemos os trabalhadores, quem sabe se inspirados pelo Partido Socialista no poder, a concluir que o melhor era não haver sindicatos.
Dantes, um dos horrores do comunismo era o retirarem as criancinhas aos pais para serem educadas pelo estado. Agora, os pais pedem por tudo ao estado que lhes eduque os filhos.
Antigamente, falava-se com horror de como os desgraçadinhos dos habitantes dos infernos comunistas não tinham a liberdade de sair dos ditos infernos para viverem onde quisessem. Actualmente, acha-se que todos têm o direito de viver onde quiserem, desde que não seja na Europa nem nos Estados Unidos, claro.
Até já li, ainda há bocado, que a solução para Portugal era... o Estado Novo. Vou almoçar, isto deve ser da fraqueza...
Mais ninguém acha isto estranho?

Há quem tenha a solução para a crise...



Acreditem se quiserem, mas não se fiem em mim, vão lá ler com os vossos próprios olhinhos:
Ela aqui está...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bom demais para não reproduzir, com vénia:



Um homem, voando num balão, dá conta que está perdido. Avista um homem no chão, baixa o balão e aproxima-se:

- Pode ajudar-me? Fiquei de encontrar-me com um amigo às duas da tarde; já tenho um atraso de mais de meia hora e não sei onde estou…
- Claro que sim! – responde o homem: O senhor está num balão, a uns 20 metros de altura, algures entre as latitudes de 40 e 43 graus Norte e as longitudes de 7 e 9 graus Oeste.
- É consultor, não é?
- Sou sim senhor! Como foi que adivinhou?
- Muito fácil: deu-me uma informação tecnicamente correcta, mas inútil na prática. Continuo perdido e vou chegar tarde ao encontro porque não sei o que fazer com a sua informação…
- Ah! Então o senhor é político socialista!
- Sou! Como descobriu?
- Muito fácil: O senhor não sabe onde está, nem para onde ir,assumiu um compromisso que não pode cumprir e está à espera que alguém lhe resolva o problema. Com efeito, está exactamente na mesma situação em que estava antes de me encontrar. Só que agora, por uma estranha razão, a culpa é minha!…

Original aqui, assinado por Cristina F

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bob Dylan Revisited

The times they are a-changing

Lendo isto, ficamos a perceber que o socialismo é cada vez mais diferente do que era... Ainda os havemos de ver fumando!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sem título 2


É assustador o ódio que pinga de muitos dos comentários que se podem ler por essa blogosfera. É assustador ler aquilo e pensar que são escritos pelos nossos vizinhos, por gente que anda na rua, que apanha o mesmo autocarro que nós, que sobe connosco no elevador lá do prédio, que nos diz bom dia ou boa noite e que, a avalaiar pelo que escreve, nos matava na primeira oportunidade... O nazismo prosperou assim, a Santa Inquisição prosperou assim, o estalinismo prosperou assim...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CREEEEEEEEEEPY!

Se alguma vez, num acesso de loucura, eu tiver a ideia de me convertar a uma religião qualquer - o catolicismo, por exemplo, que é a que está mais à mão de semear - bastar-me-á ler o que este homem escreve para que a ideia me passe logo.

NOTA - Não costumo linkar sites pouco recomendáveis. Faço-o desta vez, sem exemplo, porque o Público não deixa linkar estes artigos.

Os funcionários públicos, esses patifes!

Isto vem em ondas. Periodicamente vem a onda de «ódio ao funcionário público». Matem-nos! Esfolem-nos! Atirem os restos ao gato! Tirem-lhes o 13º mês, a essa cambada de parasitas! Cotem-lhes nos salários! Força! A eles, a eles, como Santiago aos Mouros!
Os comentários neste post são de ir às lágrimas!
Às vezes gostava de perceber que imagem se forma na mente de algumas destas pessoas quando começam a salivar de ódio à simples menção de «funcionário público». Calculo, até porque já o ouvi dizer, que o «funcionário público» é, para muita gente, um misto da pessoa pouco simpática e pouco esclarecedora que encontraram nas finanças ou na secretaria do Centro de Saúde, da última vez que lá foram e que de pouco lhes valeu, e um ser mítico que tem ordenado garantido, sistema de saúde próprio e reforma assegurada (num sistema que a maioria do pessoal crê ser gratuito), além de não correr o risco de ser despedido e de não pagar impostos.
Esta figura é fácil de odiar, porque a primeira componente é naturalmente antipática e a segunda é facilmente invejável.
Acontece que esta figura não existe.
As senhoras (e senhores)pouco prestáveis das Finanças, do Centro de Saúde, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (que o meu irmão já descreveu como o serviço mais democrático do país, onde todos são tratados igualmente mal) são funcionários públicos, é certo. Mas também o são os médicos do SNS, os enfermeiros, os professores da escola pública, as educadoras das salas da pré-primária, as funcionárias e funcionários (que agora dão pelo pomposo nome de «assistentes operacionais» e têm que fazer, cada um, o trabalho de quatro pessoas!) auxiliares das escolas...
Além disso, todos os funcionários públicos são pessoas. Têm os seus dias. Se é frequente encontrar pessoas pouco simpáticas e/ou pouco esclarecedoras a atender o público, isso deve-se a uma estranha política seguida pelas chefias da Função Pública nacional há muitas décadas, de pôr a atender o público os funcionários menos competentes, sob o pretexto de que, noutra posição, fariam pior ao serviço. Custa-me a imaginar que se possa fazer pior por um serviço do que dar dele ao público uma imagem de antipatia e incompetência, mas parece que não há muitas chefias da função pública apensar assim.
É verdade que a função pública tem o seu próprio subsistema de saúde e de reforma, mas paga-os com língua de palmo. E, já o disse uma vez e repito-o, se estes sistemas são melhores do que os que abrangem a restante população trabalhadora, a luta deveria ser para que o sistema geral passasse a ser igual ao da função pública, ou seja, deveria ser no sentido de obter o melhor para todos e não no sentido de reduzir todos ao pior.
TODOS os funcionários públicos pagam impostos. O IRS já nem sequer o recebem, é-lhes descontado à partida. E quando fazem compras, pagam IVA como toda a gente, pagam o IMI como todos os portugueses que têm casa própria, pagam o IPP sempre que abastecem o carro... ou alguém acha que, quando vou meter gasolina, me perguntam na bomba se sou funcionária pública e me levam mais barato por causa disso?

Se o Governo decidir cortar o 13º mês aos funcionários públicos, o sector privado vai aproveitar a deixa e fazer o mesmo. Se o Governo decidir cortar 5, ou 10 ou 20% nos salários da função pública, o sector privado vai aproveitar a deixa e fazer o mesmo. Alguém se lembra do velho ditado que diz que não devemos fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem a nós?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Excuse me?!

Isto é delirante! Já li três vezes e não acredito no que li. Balhanosdeus!!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

Quer-me parecer...



...que qualquer futura luta dos professores estará condenada à partida. Passa-se pelos blogues e já se acabou a unidade. Quem me dera que os professores alguma vez tivessem tido metade do corporativismo de que foram tantas vezes acusados: é uma classe profissional sem unidade, como quase todos os grupos neste país onde se sofre mais com o bem alheio do que com o mal próprio.
Que tristeza!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FÉRIAS!!!

Férias. Pequeno almoço tomado com calma, ler sem ser interrompido, tirar o relógio e não lhe dar pela falta.
É pena que durem pouco, mas calculo que se durassem sempre não lhes dávamos valor. C'est la vie!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

AINDA NÃO ESTOU DE FÉRIAS... AINDA NÃO ESTOU DE FÉRIAS...

A Escola...



...está a abarrotar. Pelo menos é a conclusão a que chego quando verifico que a minha filha não consegue uma mísera vaga numa turma de Artes de 11º ano. Já neste ano foi forçada a ir desterrada para casa do diabo mais velho, a passar horas em autocarros, o dia todo fora de casa. Estamos a tentar transferi-la, mas não há uma vaga. Quando oiço falar em excesso de escolas e falta de alunos, sinto-me enganada.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Continua tudo doido...

Um ex ministro quer o exército a actuar internamente - ou seja, quer atiçar o exército às canelas da população (porventura quando esta, farta, começar a protestar...)
O ME cozinha fusões de escolas e mega agrupamentos durante as férias dos alunos, provavelmente para que no dia 1 de Setembro nenhum professor saiba ao certo em que escola trabalha e nenhum aluno saiba em que escola anda.
Anda gente (?) pela blogosfera a congratular-se pela morte de Saramago (como se o tivessem matado com as próprias mãos).
Acabei de ler no Arrastão comentários delirantes sobre o perigo que os emigrantes representam para a Europa, escritos por cristãos - daqueles que acham que Cristo era loiro de olhos azuis e que no céu se fala latim.
Deve ser do stress, estou a alucinar... só pode...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mas anda tudo doido ou quê?

No «Governo Sombra» Ricardo Araújo Pereira propunha, com imensa piada, que se fechasse as escolas todas. Uma escola em Lisboa e outra no Porto chegavam largamente. Parece que o nosso (des)governo ouviu a sugestão e levou a sério. Parece que agrupamentos com menos de 1000 alunos são para fundir... Caminhamos apressadamente para a solução proposta por RAP - uma escola em Lisboa e outra no Porto...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ainda mexo...


... embora pouco. Estou estafada, na escola nada mudou a não ser para pior. Estou à beira de ficar doente, se o ano lectivo não acaba, acho que ainda acabo eu primeiro. Por isso mesmo o blog tem andado às moscas. Melhores dias virão, espero...
Ainda assim, registo para a posteridade (fica tão bem...!), a promulgação da lei do casamento civil igual para tod@s pelo PR. Os Nostradamus de serviço já prevêm a queda do Carmo, da Trindade e da civilização as we know it...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Desânimo



A escola está hoje pior do que nunca. E, o que ainda piora tudo, as pessoas estão cansadas, desanimadas, fartas. É o tom geral que vou apercebendo, e eu, por mim, estou à beira do fim da minha resistência.
Não tenho tempo de preparar uma aula decente. Mas quando, por acaso, consigo roubar umas hoas ao sono, e preparo qualquer coisa, a reacção dos meus alunos é quase sempre a mesma: «Que seca!».
Passo tempos infindos em reuniões estúpidas e inúteis, a ouvir ler e aprovar actas de outras reuniões estúpidas e inúteis.
Perco horas em «formações» obrigatórias, que em nada contarão para a minha avaliação. Tenho, além das horas lectivas, mais algumas de «apoios» a jovens que não querem ser apoiados e que faltam mais do que aparecem - o que não invalida que eu tenha que lá estar à espera deles e que lhes preparar trabalho.
A «reunite» subiu a píncaros imprevisíveis. Neste último ano, a minhoquice com os papéis parece que refinou. Nunca escrevi actas tão compridas e empernigaitadas como agora - tudo tem que ser escrito umas três vezes.
As criancinhas estão a trepar a picos de má educação que só não espantam quem esteja na escola o dia todo.
Até pode estar a passar para a opinião pública que a política para a Educação mudou desde os tempos de Maria de Lurdes Rodrigues, mas quem está nas escolas ainda não viu mudança alguma, a não ser para pior.
A luz ao fundo do túnel provou ser um comboio que vem, a toda a velocidade, na nossa direcção.

sábado, 6 de março de 2010

Os descritores...


Quando eu era aluna, nas aulas dava-se «matéria». Quando iniciei a minha actividade como professora, «matéria» era palavrão e os programas tinham «objectivos» e «conteúdos». Com o tempo, os «objectivos» aumentaram e os «conteúdos» diminuíram. A seguir, «conteúdos» passou a ser palavra feia e apareceram as «competências». Os programas que aí vêm, têm «descritores». Há alguém verdadeiramnete convencido de que é melhor ter «descritores» do que dar «matéria»? I rest my case!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pergunto-me...

A propósito disto...
Já ando nesta coisa do ensino vai para vinte e cinco anos. Desde pequena que quis ser professora. Durante muitos anos, gostei muito do que fazia e creio poder afirmar que o fazia bem. Acho que não exagerarei se disser que fui até ao ano passado uma boa professora, talvez mesmo mais do que apenas boa. Tive alunos difíceis e outros nem tanto. Tive alunos muito bons, alunos medianos, alunos a quem quase desesperei de conseguir ensinar fosse oque fosse. Mas quando me sentava a fazer o balanço do ano, ele era sempre positivo - eram mais os alunos que tinham aprendido, que tinham melhorado, que tinham ultrapassado dificuldades do que os que tinham ficado na mesma.
Desde que este ano começou, tenho vindo a duvidar cada vez mais de mim mesma: talvez esteja muito cansada, não sei, mas a ideia que tenho é que continuo a ensinar mas a maioria dos meus alunos recusa-se a aprender.
Quase todos parecem considerar o que aprendem nas aulas como coisa descartável: aprendem hoje, fazem dois exercícios e amanhã jurarão que nunca ouviram falar em tal coisa...
A maioria parece nunca ter feito um esforço na vida.
São um bando de queixinhas: têm computador e projector em todas as salas, mas ora está muito claro ora muito escuro, ora se vê mal ora se vê bem demais, tudo é «uma seca»...
E pergunto-me: é possível ensinar quem não quer aprender?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mas as crianças, senhores?


As escolas devem ser dos locais de trabalho mais desconfortáveis que existem. Em todas aquelas em trabalhei, quer como aluna quer como professora, reparei na necessidade que parece ter presidido à construção de que ninguém se sinta bem naqueles edifícios.
É frequente terem uma parede inteira em vidro impossível de tapar porque ,ou os estores foram colocados do lado de fora e onde é que já vão!, ou nunca os houve, o que faz com que, seja qual for o tipo de quadro, haja sempre uma hora em que não se consegue ver o que lá está. Como os manuais escolares são há já muitos anos impressos num papel que, além de pesado, é brilhante e reflecte a luz, a parede envidraçada também faz com que professores e alunos pareçam tolinhos a inclinar os livros das mais diversas maneiras, na vã tentativa de ver o lá vem escrito.
As mesmas paredes envidraçadas dão o seu contributo à temperatura que se faz sentir nas salas de aula: de Inverno, poucos professores têm coração para mandar os alunos despir os casacos ou descalçar as luvas – o normal é os miúdos estarem na sala tão agasalhados quanto podem, porque é frequente que a sala seja mais fria do que a rua. Não sei quem planeou a maioria das escolas deste país mas a quantidade de edifícios escolares orientada Norte/Sul mostra que sabiam o que faziam. Se no lado norte o frio é de rachar, no lado sul nem é preciso ser verão, basta que esteja sol para as salas se tornarem em fornalhas, malcheirosas e sem ar.
O mobiliário escolar que actualmente se usa é um prodígio: as mesas e as cadeiras, com pés metálicos, têm uma tendência terrível para baloiçar e obrigam os alunos a realizar prodígios com calços de papel, fazem barulho ao menor movimento, pois são absurdamente leves, e permitem (eu diria que até encorajam) toda a casta de posturas erradas, más para colunas vertebrais em desenvolvimento e causadoras de dislexias. Gostava de saber o que aconteceu às antigas carteiras escolares de boa madeira, tampo inclinado e apoio para os pés e por que motivo foram substituídas por estes abortos.
As salas de aula são cada vez mais pequenas (as turmas é que nem por isso) e ficam frequentemente atafulhadas de mobília e alunos até à porta. Na minha (e não é caso único) há em cada sala um renque de cabides que não servem para nada, pois se alguém lá pendurasse casacos ou mochilas isso impediria os alunos da fila junto à parede de se sentarem.
O estrado, esse símbolo fascista da autoridade do professor, foi há muito abolido impedindo não só o professor de conseguir ver mais do que as duas primeiras filas de alunos como os alunos mais baixitos de chegarem ao alto do quadro.
As cores das paredes variam entre o amarelo da batata cozida, o castanho caca e o verde vómito, sem dúvida para estimular o apetite ou acalmar os ânimos.
Na construção de uma escola são deixadas para o fim (às vezes tão para o fim que nunca chegam a ser feitas) as salas consideradas supérfluas: laboratórios, ginásio, biblioteca, sala de convívio…
A comida das cantinas nunca foi boa, mas ultimamente, desde que todas, ou quase todas, foram entregues a empresas, é confrangedora. Parte-se do princípio de que só vai comer à cantina quem de todo o não pode evitar e, portanto, não há o mínimo esforço para que a comida pareça atraente ou saborosa. E, de facto, só lá vai quem não tem outro remédio!
Que os professores tenham que trabalhar nestas condições não comove ninguém. Mas espanta-me que os pais deixem os filhos passar os dias nestes antros de frio polar/calor excessivo, sujidade e má comida. Ou será que acreditam que o sofrimento faz bem?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Há malta a fumar cada coisa!


Na semana passada, o Público trazia um estudo que conluía que a escola não está para os rapazes.
Concluía também que o que prejudica fundamentalmente o aproveitamento escolar dos rapazes é o comportamento pouco edificante dos mesmos - os rapazes que se portam normalmente, têm tão boas notas como as raparigas (e as raparigas que se portam muito mal têm tão más notas como os piores rapazes, acrescento eu).
Continuava, acrescentando que os rapazes são, de maneira geral, educados de forma mais permissiva, consentindo-se-lhes, porque é socialmente aceite e até esperado, que sejam barulhentos, desatentos, desinteressados, agressivos...
Lá pelo meio, ainda atirava com umas culpas às professoras que, por serem mulheres, privilegiam as raparigas (go figure!).
Propunham alguns arremedos desolução delirantes - o melhor era dar notas aos rapazes apenas pelo aproveitamento. Mais ou menos assim: se o menino faz testes com 90% deve ter 5, mesmo se nas aulas arrotar sonoramente, bater nos colegas ou aliviar o intestino a um canto. Partindo do princípio de que um rapaz que se porta malérrimo é simultaneamente capaz de notas espantosamente boas.
Em linha alguma propuseram que se passasse a educar os rapazes de outra maneira. Nenhum dos «estudiosos» pensou que, uma vez que já passámos a fase dos caçadores/recolectores, os homens são têm necessidade ser grunhos. E só têm a ganhar.

A biblioteca da minha escola tem um novo logotipo


Ele aqui está, da autoria do Tiago Amendoeira, aluno do 10º I

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

As porcelanas

Começo a estar farta de ter que tratar os mais mal comportados dos meus alunos como se fossem de porcelana. A criancinha envena as aulas, os colegas já deitam a criancinha pelos olhos, a criaturinha responde a despropósito, diz palermices, intrrompe tudo e todos, não faz os trabalhos, não traz material, mas não se lhe pode chamar sequer a atenção: vem de lá o papá, a mamã, a titi, o gato e o periquito num valha-nos deus, que o menino tem uma auto estima muito baixa, que está a passar por uma fase difícil, que lhe nasceu um irmão, ou mudou de casa, ou mudaram a mobília da sala e não se lhe pode ralhar porque ele fica muito traumatizado... Se nos queixamos de que o menino não estuda, os papás respondem logo que não podem fazer nada, porque «ele não quer...!». Se falta às aulas, os papás explicam que ele ainda conhece mal a escola, perde-se e não encontra as salas!
AAAAAAAARGH!Traumatizada estou eu!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A CATARINA FAZ 19 ANOS



Muitos parabéns miúda!
Tu mereces parabéns públicos, com fotografias a cores no blog da tia, com propaganda por todos os lados, com outdoors a proclamar «A CATARINA FAZ 19 ANOS!».
Foi o bolo mais espaventoso que encontrei. Tem ar de estar carregadinho de calorias, não tem?
Milhões de beijinhos!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Um bom dia para o mundo - 8 de Janeiro ( e até esteve sol!)



Mesmo incompleto, é melhor do que nada.
É como o acordo entre os Sindicatos de professores e o Ministério da Educação, com o qual também me congratulo e que veio a lume no mesmo dia: vale mais pouco e tarde do que nada e nunca.

Onde está o aquecimento global, quando precisamos dele?


Sim, em Setúbal não nevou, mas esteve e está um frio do caneco! Os miúdos estão nas aulas de casaco, cachecol, barrete e luvas e não tenho coração de os mandar tirar a parafrenália agasalhante: gela-se nas salas de aula desta escola (e de todas as outras por esse país fora)! Tinha razão a personagem de Eça de Queirós que dizia que não há nada mais reles do que um bom clima!!!
Não partilho a opinião pelintra dos meus conterrâneoos que juram que o aquecimento faz mal à saúde. O que faz mal é não ter aquecimento! Este ódio português ao aquecimento e ao ar condicionado cheira a dor de cotovelo.