terça-feira, 11 de março de 2008

Quem quer pegar, pega por tudo

Ali em baixo já mostrei como o meu horário está preenchido. Claro que haverá sempre quem diga que não, que é só chegar à sala de aula e dizer umas coisas.
Acrescento que o horário do colega que terá que me avaliar é exactamente igual. Em que horário irá ele assistir às 5 aulas (2 este ano e mais 3 no ano que vem)? E se nos lembrarmos de que são 5 minhas e outras 5 de cada uma das 12 pessoas do departamento? Sessenta aulas assistidas é obra!
Para ele ajuizar se cumpri as planificações, terei que lhas entregar, certo? Eu e mais 12 pessoas. Eu, por exemplo, tenho um caderno por turma – quatro cadernitos só à minha pala. Multipliquem por 12 - e eu nem sou das pessoas mais picuinhas, há quem tenha planificações detalhadas aula-a-aula, umas 120 aulas por turma/ano.
Para comparar as classificações que eu propus (e apenas propus, pois segundo a legislação vigente o professor apenas propõe as classificações, e a responsabilidade é do Conselho de Turma – alguém já pensou nisto?) com as médias do ano anterior elas têm que estar diponíveis. As da escola e as nacionais. Isto dá trabalho… Quem é que o faz?
Vamos a que o desgraçado do coordenador tenha tudo pronto no final do próximo ano. A «minha» escola tem perto de 100 professores. Alguém está a «ver» as 100 resmas de papelada na frente do Presidente do Conselho Executivo? Ou do Director? Será que ele as vai ler, detalhadamente? Nos intervalos de quê?
Isto já foi experimentado em algum lado? As condições eram as mesmas? Funcionou?
Alguém sabe?

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