Estive a ler
isto, com crescente interesse.
Por coincidência houve uma conversa sobre o mesmo tema (ou tema aparentado) lá na sala de profes. Parece-me que a herança romântica das paixões assolapadas como fundamentação de casamentos é uma rematada asneira. Sempre tive para mim que se o Simão e a Teresa chegassem a casar, aquilo não durava seis meses.
Como vivemos numa sociedade televisiva e cheia de artigos descartáveis, a televisão vende às pessoas a peregrina ideia de que, se não estão felizes (sempre a sorrir, aos pulos, magros, loiros, maquilhados e jovens), é porque estão a fazer alguma coisa mal. Vai daí, o p'ssoal casa e assim que deixa de se sentir feliz,sei lá,no dia em que sobra mês no fim do ordenado, ou em que não apetece o truca-truca porque se está cansado ou... sei cá eu, essas coisas que minam as paixões assolapadas! - zut! Vamos divorciar e «tipo» casar outra vez, e repete, e repete, e repete...
Na minha curta experiência, os casamentos estáveis resultam de pares que ultrapassaram a paixão (assolapada ou nem por isso) e continuam a entender-se e a respeitar-se mutuamente, e a fazer cedências de parte a parte. O hábito pode não fazer o monge mas os bons hábitos costumam fazer bons casamentos.
NOTA - A autora é o mais possível a favor de legislação que permita e facilite o divórcio a quem o deseja, até por estar convicta de que nenhuma lei obrigará a ficar juntas duas pessoas que não querem estar juntas.
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