Nos meus tempos de militância comunista - mais antigos que a Sé de Braga - lembro-me que um dos horrores de que se acusavam os comunistas era de tirarem as crianças aos pais, para serem «educadas pelo estado». Era assim que se dizia, «educadas pelo estado», de olho arregalado e em alvo pela enormidade da coisa.
Agora, são os pais a reclamar que a escola pública - c'est à dire, o Estado - lhes leve os filhos e os eduque, para eles poderem trabalhar também à noite e aos fins de semana. E, entre os poucos que reclamam contra as escolas-armazém de crianças tiradas aos pais, ainda que a pedido destes, estão os comunistas. Está o mundo roto e chove nele como na rua, diria a minha avó.
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